Jackie Silva no Brasil
Parcerias de sucesso
Parcerias de sucesso
A primeira parceira da Jackie no Brasil foi a Isabel, sua eterna companheira. Ganharam algumas etapas importantes, se classificaram para disputar um campeonato mundial em Almeria na Espanha, em 92, mas enfrentaram alguns problemas. O principal era que o vôlei de praia estava apenas começando no Brasil, e as atletas, para completarem o orçamento, eram obrigadas a se dedicarem também ao vôlei de quadra, situação da Isabel, que jogava pela Blue Life, de Ribeirão Preto. Chegaram a ficar até três semanas sem treinar, se encontravam às vésperas dos campeonatos e, no final, ela sempre estava atrasada para pegar o vôo de volta.
Em um esquema desses, claro que elas não podiam evoluir. Aliás, esse foi o motivo da separação.
‘’Mas tenho boas recordações de jogar com a Bel. Nossa vitória mais marcante foi em Icaraí, quando fizemos a final contra Rose/Roseli, que tinham conquistado os últimos nove campeonatos. Vencemos por 2 a 1 em um jogo emocionante. No final, o público começou a gritar pedindo para nós não desfazermos a dupla. A Bel chorou, eu chorei, mas não teve jeito.’’
Em 93, começou a jogar com a Sandra Pires. Foram disputar o Circuito dos EUA e beliscaram um honroso terceiro lugar. Voltaram ao Brasil no ano seguinte e foram Campeãs do Circuito Brasileiro. A partir daí, todos já sabem a história: Bicampeãs Mundiais, Campeãs Olímpicas e Campeãs Brasileiras.
‘’O meu relacionamento com a Sandra sempre foi difícil. Pensávamos de maneira diferente, brigávamos muito e isso acabou nos desgastando. Quando vencíamos um torneio, ótimo, tudo eram flores. Agora quando perdíamos, não conseguíamos assimilar as derrotas e o desgaste que elas provocavam. Diante disso, ela resolveu se separar. Mas hoje voltamos a ser amigas, e isso é o mais importante.’’
Após isso, jogou com a Mônica, Ana Paula e Adriana Bento. E também teve o prazer de se aproximar mais daquela menina que conheceu ainda na barriga da mãe, Maria Clara, filha da Isabel.
‘’Pra dizer a verdade foi muito bom esse período que joguei com a Maria. Os resultados não eram o que importavam, as nossas vitórias eram outras. Acho que foi tão bom para a Maria, quanto para mim, porque adaptei no meu jogo a paciência. A Maria trazia junto com ela todos os jovens amigos jogadores que sonham com o sucesso do futuro, atletas que querem lutar honestamente sem maldade para aprender e vencer, bem diferente do atual meio dos jogadores. Em resumo, nada poderia ter sido melhor do que conviver com esses atletas do futuro. E eu acredito muito neles.’’
E aí, veio a parceria com a Claudia, fizeram um trabalho muito forte e formaram junto com o técnico Chico de Oliveira uma equipe de grandes pretensões. Chico foi o seu técnico, na época em que Jackie ainda jogava vôlei de quadra, depois disso ele passou 7 temporadas dirigindo um time na Itália. Por sorte, ficaram juntos no mesmo barco e lutaram para alcançar o lugar mais alto no pódio.