Volleyball Clinics
Programa de treinamento
Programa de treinamento
Programa de treinamento da Jackie focado na formação de atletas. Ela já foi convidada por diversos clubes, inclusive de outros países para treinar equipes de jovens.
No dia 21 de maio de 2010, Jackie ministrou uma aula especial de vôlei de praia a 13 estudantes da California University of Pennsylvania Athletics. As garotas, de 17 a 21 anos, jogam vôlei de quadra nos Estados Unidos.
“Meu intuito é receber estudantes que jogam voleibol e ser convidada a levar os que participam do Projeto: Atletas Inteligentes. É uma troca muito interessante, pois a mentalidade das norte-americanas é bem diferente da nossa. É uma boa influência, já que no Brasil dificilmente um jovem consegue estudar e jogar vôlei ao mesmo tempo. Na maioria das vezes, quando começa a desenvolver um talento, quer logo abandonar os estudos”, explica a primeira brasileira a ganhar um ouro olímpico (Atlanta-96), ao lado de Sandra Pires.
Uma das meninas é Brandy, de 19 anos, que aproveita cada momento na cidade-sede dos Jogos Olímpicos de 2016. “As pessoas no Brasil são muito atenciosas, amigáveis. Eu estou curtindo bastante minhas férias aqui no Rio, um lugar muito bonito. Na Universidade da Pensilvânia, jogamos voleibol de quadra, mas aqui na areia é um pouco mais difícil”.
“Dá muita pena quando um jogador de talento se abdica dos estudos com facilidade. É uma relação desequilibrada quando um jogador sabe fazer uma coisa, mas não sabe fazer outra. Ele não pode ‘comer voleibol, falar voleibol, dormir voleibol’ o mundo é muito mais amplo! As oportunidades são bem maiores. Se ele estudar e ganhar essa amplitude de conhecimentos, acho que até o voleibol dele vai melhorar”.
Uma das 13 estudantes é brasileira: a mineira Ana Luiza de Lara Almeida, um exemplo de que esporte e estudo podem perfeitamente caminhar juntos.
“Comecei a jogar voleibol no Mackenzie, de Belo Horizonte, aos 11 anos. Através do esporte, ganhei bolsa para estudar na Universidade da Pensilvânia, onde é bom jogar mas as meninas não têm tanta técnica. Elas estão amando o Rio, até porque todas amam praia. Nenhuma delas conhecia o Brasil. Vão levar uma imagem muito bacana para os Estados Unidos”.
Jackie vivenciou a cultura e a mentalidade nos EUA. Durante a Olimpíada de Los Angeles, em 84, quando foi considerada a melhor levantadora do torneio, assistiu a algumas partidas de vôlei de praia e decidiu mudar de ares. A identificação foi tão grande que Jackie se tornou a melhor jogadora de praia nos Estados Unidos.
“Quando os norte-americanos falam sobre mim, estão atentos. Existe uma recordação de todo um trabalho que eu fiz por lá. A própria Olimpíada foi lá dentro. Isso me ajuda muito nesse sentido”.
E são muitos os exemplos de sucesso obtidos pela talentosa estrela do voleibol brasileiro, o encanto e admiração pelas terras portuguesas estava só começando. Ao lado de sua parceira Sandra Pires, Jackie conquistou mais um título no torneio do Espinho, em Portugal, em 1996 e após 17 anos, Jackie retornou a Portugal, mas não como jogadora em busca de um novo título, dessa vez, como Treinadora da Equipe FIVB Beach Volleyball U19 World Championships, em Porto.
Isso foi em julho de 2013, na época com 51 anos, Jackie começou a ajudar a Jamaica a se aquecer para o esporte, Mundial de Sub-19 de Voleibol de Praia.
“Eu tenho uma escola de vôlei de praia, no Rio de Janeiro, mas também treino equipes da Jamaica. Isso faz parte de um programa de intercâmbio que o Brasil assinou com a ilha do Caribe. Comecei há apenas um mês e é totalmente diferente, porque o esporte não é muito difundido na Jamaica.”
Ela levou duas equipes da Jamaica para o Campeonato do Mundo de Sub-19 em Porto, Tionna Graham e Lisanne Roofe de 14 anos e Rojey Hutchinson e Bryan Shavar, de 16 anos.
“As meninas são muito jovens e inexperiêntes, mas os meninos são talentosos e ambiciosos. O objetivo é participar e ganhar experiência na preparação para os Jogos Olímpicos da Juventude. Evento que acontecerá em agosto de 2014, em Nanking, na China.”
Palavras da treinadora: observe, participe e sonhe.
“Eu quero que esses atletas possam experimentar a concorrência, para observar, para sonhar em chegar mais alto, participar e sentir a concorrência, porque esta experiência será muito importante para o seu futuro.”
Entre as diversas clínicas de vôlei oferecidas pelo mundo, destacamos de Primavera e Verão aos jovens de escolas nos EUA. Estas clínicas e todo o seu conteúdo eram projetados para dar aos jogadores de todos os níveis e habilidades a oportunidade de aprender novas habilidades, bem como melhorar as já existentes em um ambiente positivo, e, principalmente, incentivá-los a prática esportiva.
Ensinar jogadores iniciantes no aprendizado e crescimento técnico de voleibol sempre foi motivador para Jackie. Essas clínicas eram oferecidas tanto para o ensino médio como universitário, para meninos e meninas de idades distintas.