Jackie Silva é cotada para acender a pira olímpica em 2016
Quem acenderá a pira olímpica? Veja razões a favor e contra Jackie Silva
O GLOBO está em busca dos candidatos à missão de iluminar de simbolismo o Rio-2016
O Comitê Olímpico Brasileiro revelará a escolha do nome que acenderá a pira olímpica, minutos antes do início do cerimônia, que acontecerá na cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos Rio 2016, dia 5 de agosto de 2016 no estádio do Maracanã.
por O Globo 07/03/2016 11:08 / Atualizado 07/03/2016 11:20
Acender a pira olímpica é o ritual mais simbólico das Olimpíadas. Na história dos Jogos, os critérios variam: mérito esportivo, mensagem, simbolismo.
Por isso, o nome do acendedor da pira olímpica costuma ser um segredo de estado: sem divulgação prévia, o impacto da cena e seus significados se amplificam de forma inesquecível, comovendo o planeta.
O GLOBO está em busca dos nomes de grandes atletas brasileiros que poderiam ter a honra de acender a pira. O primeiro personagem da série foi o Rei Pelé. Em seguida, veio Oscar Schmidt, um dos maiores jogadores da história do basquete brasileiro.
Também já explicamos as razões para escolherem o ex-maratonista Vanderlei Cordeiro de Lima.
Hoje é a vez de uma craque do vôlei de praia, a ex-jogadora Jackie Silva.
PRÓS
1 – ELA É PIONEIRA
Ao lado de Sandra Pires, Jackie Silva foi a primeira mulher a ser campeã olímpica pelo Brasil. Foi em Atlanta-96, quando as duas fizeram uma final histórica no vôlei de praia contra outra dupla brasileira formada por Mônica e Adriana.
2 – ELA LUTOU PELAS JOGADORAS
Jackie sempre foi uma atleta de personalidade, que não leva desaforo para casa e que lutou por melhores condições para as jogadoras. Em seu período como levantadora da seleção feminina de quadra, quando disputou os Jogos de Moscou-1980 e Los Angeles-1984, ela chegou a vestir o uniforme da seleção do avesso para protestar contra o fato de as jogadoras não receberem cachê para divulgar a marca do patrocinador.
3 – CHANCE ÀS MULHERES
Em tempos de empoderamento feminino e de uma mais do que necessária valorização das mulheres para além dos clichês de “musa”, escolher uma mulher seria uma bonita sinalização do Rio de Janeiro ao mundo, uma vez que uma atleta de ponta não tem essa honra desde Cathy Freeman em Sydney-2000.
4 – JACKIE = PELÉ
Fora das quadras, a importância de Jackie no trabalho com jovens, principalmente carentes, foi reconhecida pela Unesco em 2009, quando ela recebeu o título de Campeã pelo Esporte. Esse título é algo que só Pelé tem entre os brasileiros. A ex-jogadora hoje coordena o programa “Atletas Inteligentes”, que ensina vôlei de praia para 70 jovens de 12 a 20 anos. Para isso, os jovens precisam se manter na escola.
5 – HEROINA DO VÔLEI DE PRAIA
Jackie também é uma pioneira do vôlei de praia brasileiro. Ajudou o esporte a crescer, a transformá-lo em modalidade olímpica e hoje ele é um dos que mais dão medalha ao Brasil nos Jogos. Já são 11 medalhas, sendo duas de ouro.
CONTRAS
1 – ELA É POLÊMICA
Jogadora de temperamento forte, Jackie já se envolveu em diversas brigas com técnicos e a Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) quando era jogadora. Por mais que as discussões tenham sido por melhoria das condições das atletas, isso pode fazer com que ela não seja uma unanimidade na escolha. Até com a parceira na praia, Sandra Pires, ela brigou muito até se separarem em 1997. Hoje, as duas são amigas.
2 – POR QUE NÃO A SANDRA?
A escolha de Jackie poderia ser entendida como uma injustiça a Sandra, sua parceira na conquista olímpica em 1996. Afinal, Sandra é tão pioneira quanto a ex-jogadora, pois as duas foram as primeiras mulheres a serem campeãs olímpicas pelo Brasil.
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